Maneiras de se defender contra roubo e crime organizado no varejo

O crime organizado no varejo (ORC) e o roubo causam um impacto significativo na economia global a cada ano. De acordo com a pesquisa do Grupo DIH, as perdas no varejo atingiram USD 1,77 trilhão em todo o mundo até agora em 2023. Até 2025, o furto em lojas poderá custar aos varejistas mais de USD 140 bilhões apenas nos EUA. Para se recuperar dessas perdas, os varejistas frequentemente aumentam os preços, impactando a todos e agravando as preocupações com a inflação.

 

 

O impacto do crime no varejo

As repercussões do crime no varejo se estendem muito além da loja, afetando significativamente a comunidade. Veja como:

• Sobrecarga na aplicação da lei: O aumento nas atividades criminosas sobrecarrega na aplicação da lei. Ter que lidar com o crime no varejo sobrecarrega os recursos e suga o tempo dedicado à manutenção da segurança pública.
• Fechamento de lojas: Em alguns casos, os varejistas são obrigados a fechar lojas não lucrativas devido à criminalidade desenfreada. Na indústria alimentar, isto pode levar à escassez e limitar o acesso a bens essenciais.
• Ambiente de trabalho inseguro: Incidentes com crime no varejo contribuem para um ambiente de trabalho perigoso, provocando uma alta rotatividade de colaboradores, à medida que os membros da equipe se sentem cada vez mais desprotegidos.
• Experiência de compra negativa: Medidas tomadas para evitar roubos, como usar caixas de produtos vazias como “produtos fantasmas”, podem afetar a experiência dos clientes na loja. Essas táticas criam um sentimento de desconfiança tanto nas organizações quanto na comunidade.

 

Como você pode combater o crime no varejo?

Lidar com o crime no varejo exige esforço de equipe e dedicação a uma estratégia abrangente de todos os envolvidos. Mas como encontrar um equilíbrio entre medidas de segurança razoáveis e uma experiência do cliente no modo sem contato?

Aqui estão as etapas que sua organização pode seguir para reduzir os riscos e impactos do ORC. Isso o ajudará a proteger seus ativos e a criar um ambiente de compras seguro para os clientes:

Travas nos carrinhos

A implementação de travas nos carrinhos é uma ferramenta de prevenção de perdas não confrontativa, mas eficaz.

Isso se mostra eficaz contra grupos ORC conhecidos por terem como alvo as lojas. Esses indivíduos muitas vezes tentam roubar uma grande quantidade de mercadorias e fugir rapidamente para seus carros no estacionamento.

Ferramentas de dissuasão

O uso de monitores públicos e câmeras acopladas ao corpo (BWC) é uma medida proativa para dissuadir potenciais ladrões. Estas ferramentas também contribuem para um ambiente de varejo mais seguro.

Gestão de autoatendimento

A criação de um protocolo equilibrado durante as intervenções de autoatendimento é crucial. Monitorar os clientes de perto e pedir para conferir seus comprovantes em caixas de autoatendimento pode deixá-los desconfortáveis. Os varejistas devem ter medidas suficientes para detectar comportamentos desonestos sem causar inconvenientes desnecessários aos clientes.

Tecnologia para proteção de produto

Cada vez mais varejistas têm implementado etiquetas RFID e dispositivos anti-roubo para proteger os seus produtos. Alguns varejistas optam por medidas extremas, como colocar corredores inteiros atrás de vidros. No entanto, soluções inovadoras, como travas controladas por aplicativos móveis em vitrines de produtos que podem ser retiradas, fornecem um meio-termo – aumentando a segurança do varejo sem sacrificar a autonomia do cliente.

Videomonitoramento

O vídeo serve como uma valiosa ferramenta de aprendizagem, especialmente para descobrir fraudes em autoatendimentos. Os varejistas podem identificar e lidar com atividades fraudulentas analisando imagens de monitoramento, contribuindo para esforços contínuos de prevenção de perdas. Ter os dados do seu ponto de venda unificados com o seu sistema de videomonitoramento facilita a busca de transações e a rápida validação de eventos suspeitos. Ele permite filtrar transações usando critérios de pesquisa específicos, como compras feitas com vale-presente, compras acima de um determinado valor em dólares, reembolsos e muito mais, e validar visualmente em segundos.

Além de proteger os produtos contra roubo, as organizações devem criar uma equipe dedicada para investigar crimes no varejo. Essas equipes podem contar com dados e imagens de monitoramento para compreender toda a extensão do problema.

Incentivar a colaboração entre varejistas, autoridades policiais e stakeholders é vital para a partilha de recursos e informações. Por exemplo, um sistema de gerenciamento de evidências digitais (DEMS) pode ajudar os varejistas a reunir suas próprias evidências e compartilhar arquivos digitais com as autoridades policiais com o simples clique de um botão. 

As organizações também podem buscar insights de serviços de consultoria de risco para desenvolver estratégias eficazes de mitigação. Isto envolve avaliar vulnerabilidades, implementar soluções avançadas de monitoramento e etiquetagem RFID e reforçar a segurança da supply chain. A utilização de serviços de proteção, a realização de auditorias regulares, a promoção da formação dos colaboradores e a defesa de uma legislação mais rigorosa contra o ORC são medidas adicionais para proteção contra roubo. Além disso, investir na tecnologia certa pode fazer toda a diferença.